| 13/12/2007 08h53min
Os democratas, que controlam o Congresso nos Estados Unidos, anunciaram uma série de audiências e investigações para esclarecer o caso da destruição de vídeos que mostravam membros da Al-Qaeda sendo interrogados pela CIA. O diretor da agência de inteligência americana, Michael Hayden, foi ouvido nesta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, a portas fechadas no Congresso.
O presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, Sylvestre Reyes, anunciou que serão convocados os antecessores de Hayden, Porter Gross e George Tenet, e outras testemunhas do caso. A CIA está sob acusação após a revelação de que em 2005 foram destruídas centenas de horas de gravações que mostravam a detenção e os interrogatórios de dois expoentes de primeiro nível da Al-Qaeda, Abu Zubaydah e Abd al-Rahim al-Nashiri, agora presos em Guantánamo. Os interrogatórios ocorreram em 2002 e foram realizados recorrendo a um "submarino", técnica de tortura que consiste na simulação de um afogamento.
Hayden disse que teve
conhecimento da destruição dos vídeos "ainda que não em detalhes" antes de ser diretor da CIA no ano passado. Depois de uma audiência realizada na terça-feira no Senado, sustentou que toda a história foi preparada por seus predecessores e que agora era obrigação deles responder.
Antes de ser eleito pelo presidente George W. Bush como diretor da agência, Hyden era o vice-diretor nacional de Inteligência e, nesse momento, teria sido informado sobre a destruição dos vídeos. Segundo Hayden, não existem transcrições verdadeiras dos interrogatórios, apenas algumas "sínteses" redigidas por agentes da CIA.
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