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 | 24/01/2008 18h49min

Pacote americano ajuda Bovespa a subir quase 6%

Foi a maior alta diária da bolsa paulista desde 2002

Atualizada às 21h47min

Depois de uma semana nervosa, a confirmação do pacote de cortes tributários do governo americano, que injetará cerca de US$ 150 bilhões na economia, as bolsas de todo o mundo tiveram forte recuperação nesta quinta-feira, informa o site G1.

O presidente americano, George W. Bush, reafirmou que o pacote de estímulo fiscal "é efetivo e firme". Quando foi anunciado na sexta-feira, pontos dele geraram incertezas no mercado, levando as bolsas de todo o mundo — a exceção das de Nova York, onde foi feriado na segunda-feira — a cair. Segundo ele, que fez um pronunciamento oficial à tarde, a economia dos Estados Unidos está estruturalmente saudável, mas enfrenta desafios.

O valor das reduções tributárias, que corresponde a 1% do produto interno bruto (PIB) americano, será concedido tanto para empresas quanto para pessoas físicas. De acordo com o secretário do Tesouro do país, Henry Paulson, a restituição de impostos aos cidadãos começará 60 dias após a aprovação do pacote pelo Congresso.

Além disso, o crescimento da China, que ficou acima de 11% em 2007, também animou o início nos negócios. Seguindo o fluxo positivo, os pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficaram em 301 mil, bem abaixo das previsões dos analistas (320 mil).

Brasil

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu a tendência positiva e teve valorização de 5,95%, fechando aos 57.463 pontos. Com a alta do dia, praticamente reverteu as perdas da semana.

Hoje, o risco-país brasileiro também caiu, registrando 250 pontos no horário de fechamento do mercado. O volume de negócios na véspera do feriado — o mercado paulista fica fechado no dia 25, pelo aniversário da cidade — ficou em R$ 6,47 bilhões, pouco acima da média diária do ano passado.

Outros mercados

Na Europa, os índices reagiram à melhora de humor dos americanos e deixaram de lado uma perda de US$ 7,1 bilhões no Société Générale, um dos maiores bancos da França. Dessa vez, a culpa não foi do subprime, mas sim de uma fraude de um único operador de mercados futuros. Os índices da Europa tiveram um dia de alívio, com o consolidado do continente fechando em alta superior a 5%. Frankfurt, mercado que sofreu fortes perdas nesta semana, subiu mais de 6%.

As bolsa na Ásia tiveram o segundo dia de valorização. Nikkei subiu 2,06% e Seul avançou 2,12%. Na China, os ganhos foram modestos. Xangai teve alta de 0,31%. Em Hong Kong, no entanto, o índice Hang Seng perdeu 2,29%.

 

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