| 24/01/2008 11h42min
O índice Bovespa abriu o pregão em alta e avançava 3,28% a 56.015 pontos, às 11h17min. O movimento da Bolsa brasileira, pelo menos no início da sessão, é de ajuste à virada para cima das Bolsas americanas ontem à noite, na última hora de pregão. O Ibovespa fechou em queda de 3,32% ontem, antes da recuperação de 2,5% do Dow Jones. O mercado em Wall Street reagiu à noticia de que estaria sendo montado um plano de resgate para ajudar as seguradoras de bônus, como Ambac e MBIA. O plano também serviu para reanimar as bolsas asiáticas e européias.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 2,1% hoje. Em Londres, a Bolsa mostrava recuperação de 3,77% e Frankfurt, 5,29%, às 11h10min. A Bolsa de Paris subia 3,91%, mesmo depois de o banco Société Générale revelar que uma fraude de um único operador irá resultar em uma perda de 4,9 bilhões de euros (cerca de US$ 7,1 bilhões). O banco francês anunciou também uma baixa contábil adicional de 2,05 bilhões de euros ligada ao crédito de alto risco
(subprime). O banco
afirmou que planeja conseguir 5,5 bilhões de euros em capital nas próximas semanas para cobrir parte das perdas.
A Bovespa acompanha essa aparente trégua nos mercados, com os investidores ajustando, neste início de pregão, os preços das ações à alta dos ADRs (recibos de ações) negociados ontem em Nova York. Mas ninguém se ilude. A qualquer momento, o mercado pode desandar outra vez. É uma melhora, portanto, sem consistência.
Ontem, segundo operadores, a Bovespa foi muito penalizada por ordens de vendas de investidores estrangeiros, que estão fazendo caixa, na dúvida do que ainda está por vir. Até o dia 21, a Bovespa registra saldo negativo de capital estrangeiro acumulado no mês de R$ 4,511 bilhões.
Vale
As ações preferenciais da Vale, que ontem fecharam em queda de 6,10%, seguem a recuperação do Ibovespa hoje e podem também reagir ao noticiário do dia sobre a companhia. Vale PNA subia 5% às 11h15.
Segundo o
jornal Valor Econômico, o Palácio do Planalto não aprova a
compra da mineradora anglo-suíça Xstrata pela Vale, por considerar um negócio "caro", "complicado" e "prejudicial aos interesses do País". Por isso, segundo o jornal, o Planalto deverá orientar os representantes do conselho de administração da Vale que tem vínculo com a União, no caso BNDESPar e Previ a rejeitar a operação.
O jornal O Estado de S. Paulo, por sua vez, informa que a instabilidade no mercado financeiro global está dificultando as negociações da Vale com os bancos com o objetivo de fechar o empréstimo de US$ 50 bilhões para financiar parte da aquisição da Xstrata.
Agência Estado
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