| 11/01/2008 05h56min
A senadora colombiana Piedad Córdoba confirmou nesta quinta-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) enviaram ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, novas "provas de vida" de seqüestrados, que foram entregues à ex-congressista colombiana Consuelo González de Perdomo. Segundo Piedad, as provas se referem a um grupo de "oito a dez" reféns, em sua maioria ex-congressistas.
Alguns deles conviveram durante seu cativeiro com González de Perdomo, liberada esta manhã pelo grupo guerrilheiro ao lado da ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas. A senadora colombiana falou aos jornalistas no hotel de Caracas onde estão hospedadas as duas ex-reféns liberadas hoje e suas famílias.
Ela revelou que há provas de vida de Alan Jara, Jorge Turbay, Gloria Polanco, Orlando Beltrán, Eduardo Gechem, de um coronel de sobrenome Mendieta, um homem chamado William e "outros policiais e soldados".
Anteriormente, Piedad havia mencionado provas de vida
de outro grupo. As provas de
sobrevivência são cartas e fotos, de acordo com a senadora. Ela disse ainda que não havia vídeos dos seqüestrados.
Em declarações à imprensa colombiana, ao chegar a Caracas, Clara Rojas tinha dito que trazia algumas provas de sobrevivência e anunciou que em breve chegariam mais registros de outros reféns das Farc.
Segundo Rojas, as provas foram entregues esta manhã ao ministro do Interior venezuelano, Ramón Rodríguez Chacín, durante a operação de resgate na floresta. Por sua vez, o ministro deu os documentos ao presidente Chávez. Piedad explicou que, além disso, o presidente venezuelano teria recebido hoje de Chacín uma carta das Farc.
Consuelo González de Perdomo e Clara Rojas foram liberadas hoje pelas Farc no departamento colombiano de Guaviare. Foram recolhidas por uma missão humanitária liderada pela Venezuela e integrada pela senadora Piedad, pelo ministro Chacín e pelo embaixador cubano em Caracas, Germán Sánchez, além de representantes do
Comitê Internacional da Cruz
Vermelha.
Segundo a senadora, as ex-reféns amanhã deverão dar uma entrevista coletiva no hotel, onde vão descansar esta noite. Piedad também opinou que a libertação das duas mulheres abre um processo para a soltura de mais pessoas seqüestradas pelas Farc. EFE
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