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 | 11/01/2008 03h40min

Uribe agradece a Chávez por libertação de reféns

Presidente da Colômbia propõe negociar um acordo de paz com as Farc

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, agradeceu as gestões de seu colega da Venezuela, Hugo Chávez, para a bem-sucedida libertação de Clara Rojas e Consuelo González de Perdomo, que eram mantidas como reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Em discurso transmitido por rádio e televisão, Uribe renovou o convite à organização guerrilheira para negociar um acordo de paz.

— Nosso governo está pronto para a paz com a mesma convicção com a qual conduzimos a política de segurança democrática — disse Uribe convidando as Farc "a uma negociação fácil, simples, de boa fé.

O colombiano revelou que o exército estava a dois quilômetros do ponto onde as reféns foram entregues. Uribe ressaltou que os soldados colombianos "cumpriram com honra" o compromisso assumido para facilitar a libertação. Além de dizer à guerrilha que seu governo "está pronto para a paz", ele agradeceu a Chávez por "seu esforço e eficácia" na operação:

— Muito obrigado, presidente Chávez.

Uribe também agradeceu a atuação da senadora oposicionista colombiana Piedad Córdoba e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), assim como dos observadores internacionais. Ele destacou ainda os esforços de Cuba pela paz na Colômbia. 

Uribe relatou conversa
com refém da guerrilha


O presidente revelou que falou com a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo. Ele elogiou "a integridade, capacidade de controle e maneira tranqüila como as duas responderam a essa experiência tão difícil". Na conversa, contou também que Clara perguntou por Emmanuel (seu filho, nascido em cativeiro), "com a angústia de mãe". E prometeu que o órgão de assistência que cuida do menino vai tomar as providências para que ele seja devolvido a ela.

Uribe lembrou que a lista de seqüestrados não-libertados é grande. Nos últimos 10 anos, ressaltou, 750 colombianos não retornaram ao seus lares.

— Temos a felicidade pela libertação das duas compatriotas seqüestradas, mas também a dor pelo cativeiro no qual permanecem todos estes compatriotas — comentou.

Ao ler uma lista de reféns das Farc, seqüestrados em várias ações do grupo rebelde nos últimos 10 anos, Uribe insistiu que ainda vale "a proposta de uma zona de encontro, sugerida pela Igreja Católica, que o Governo aceitou há algumas semanas, para avançar na libertação de todos". O governo "está pronto para a paz", garantiu, lembrando que desde que chegou ao poder, em agosto de 2002, "a oposição radical teve plenas garantias".

— As Farc diziam no passado que se desmobilizariam se houvesse garantias para a oposição radical. Está na hora de cumprirem a sua promessa — lembrou, acrescentando que seu governo "desmantelou o paramilitarismo", outra condição dos rebeldes para se desarticularem.

EFE
 

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