| 04/01/2008 17h01min
Ao sair de reunião, nesta sexta-feira, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Justiça, Tarso Genro, reiterou estar confiante de que não haverá cortes em sua pasta, mesmo com a realocação de gastos que será necessária para compensar as perdas relativas ao fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF):
— Esse assunto não foi tratado com o presidente e continuo absolutamente confiante de que não teremos corte de recursos.
O ministro disse ter apresentado a Lula um balanço das atividades da pasta em 2007 e da execução dos recursos que, segundo ele, "bateu todos o recordes" — cerca de 99,5% da verba foi empenhada, além dos valores que estavam contingenciados e de outros R$ 314 milhões que foram liberados. Tarso informou ainda que levou ao presidente os resultados da implantação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) relativos ao ano passado e também a previsão dos trabalhos a serem realizados neste
semestre.
— O
presidente não só elogiou o projeto, como o estágio em que se encontra — disse, citando ainda investimentos no sistema penitenciário: — Quase dobramos os valores destinados aos estados, não só no âmbito dos projetos do Pronasci como naqueles relacionados com as penitenciárias tradicionais. São cerca de R$ 750 milhões empenhados, enquanto em 2006 o total foi em torno de R$ 400 milhões.
Mais cedo, Lula recebeu o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. Ontem, havia sido a vez de Márcio Fortes, das Cidades, e de Fernando Haddad, da Educação, que disse não ter discutido corte de gastos. Segundo ele, o presidente garantiu que os programas sociais prioritários serão mantidos. Com o fim da cobrança da CPMF, desde o dia 1º, o governo deixa de arrecadar R$ 40 bilhões em 2008. Ministros da área econômica anunciaram, para compensar essa perda, aumento de tributos e corte de R$ 20 bilhões em gastos no Orçamento Geral da União para este ano.
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