| 03/01/2008 14h07min
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje estar confortável com os cortes que a pasta sofrerá para compensar a perda de arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que foi derrubada pelo Senado no mês passado. Em entrevista depois de audiência, no Palácio do Planalto, Haddad disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe assegurou que, dos 40 programas do Plano de Desenvolvimento da Educação, os sete principais não sofrerão cortes.
— Eu estou confortável com as medidas tomadas pelo ministro Guido Mantega, que foram acertadíssimas. (O anúncio) confortou todos na Esplanada — disse.
Nas contas de Haddad, os sete principais programas representam três quartos dos recursos do Plano de Desenvolvimento da Educação. O PDE previa um total de investimentos de R$ 8 bilhões em quatro anos na área.
— Uma parte do ajuste será feito com corte de despesas, e todos os ministérios estão cientes disso e dispostos a
colaborar, hierarquizando as ações e
privilegiando os projetos mais importantes. É o procedimento que se espera de um governo responsável — acrescentou.
Haddad não negou que haverá congelamento de salários no ensino federal.
— O ministro Mantega deixou claro que nem toda compensação será feita pela substituição de um tributo pelo outro, o que significa que uma parte será feita por ajustes de despesas. Os ministérios estão cientes disso e dispostos a colaborar.
Durante a entrevista, ele ressaltou que o encontro com o presidente foi marcado para apresentar um balanço do PDE. O ministro relatou que só ao final da audiência comentou com Lula sobre as medidas para compensar a CPMF. Mesmo com as sinalizações de cortes e congelamento de salários, o ministro disse estar tranqüilo.
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