| 16/11/2007 23h58min
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reiterou nesta sexta-feira que "o mínimo" que espera é que o rei da Espanha peça "desculpas" pelo episódio ocorrido na cúpula de Santiago. Ele disse, também, que não quer agravar a polêmica. Na terça-feira, Chávez anunciou que submeteria as relações com a Espanha a "revisão profunda". Ele repetiu que tem dúvidas se o rei Juan Carlos I estaria ou não a par do golpe de Estado que em abril de 2002 derrubou o presidente durante 48 horas.
— Eu não quero que isto continue se agravando. O mínimo que a Venezuela e sua dignidade de Estado independente podem esperar do rei da Espanha é que ele, de alguma maneira, eu não vou pedir que ele se ajoelhe, não, que de alguma maneira reconheça que ele passou dos limites, que fez algo inadequado — afirmou Chávez, em entrevista transmitida ao vivo pela televisão estatal venezuelana.
Chávez assegurou que o ministro do Exterior da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, "jogou lenha na fogueira", assim como
a mídia, ao dizer que
"nós começamos o incidente".
Moratinos também teve uma atitude incompreensível, disse Chávez, porque por um lado o chanceler espanhol enviou mensagens conciliadoras e por outro divulgou uma versão supostamente falsificada dos fatos ocorridos na Cúpula Ibero-americana.
— Ele manda mensagens por várias vias de que eles não querem uma escalada, que eles não querem um conflito na Espanha. Mas ontem ele disse que o que ocorreu em Santiago foi que o presidente Zapatero fez uma exposição magnífica, e Daniel Ortega e eu viemos e batemos por isso, por estar defendendo nossa velha esquerda, uma coisa assim, bem absurda — disse o presidente venezuelano.
Chávez já tinha dito anteriormente que está esperando as "desculpas" que o rei deveria pedir à Venezuela e à região ibero-americana por tê-lo mandado se calar em plena sessão da cúpula.
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