| 08/11/2007 09h04min
O primeiro resultado da reaproximação entre Petrobras e Bolívia deve ser a ampliação da capacidade do campo de gás de San Antonio, o maior do país vizinho, que hoje produz cerca de 12 milhões de metros cúbicos por dia.
O projeto de ampliação já foi desenhado pela estatal e seus sócios, mas está suspenso desde a nacionalização das reservas bolivianas de petróleo e gás, em 2006. O investimento, de pelo menos US$ 40 milhões, pode garantir uma produção adicional de até 6 milhões de metros cúbicos por dia. Especialistas estimam que o novo volume de gás de San Antonio possa chegar ao mercado um ano após o início das obras.
San Antonio está próximo do limite de sua capacidade de processamento de gás, de 13,4 milhões de metros cúbicos por dia, que deve ser atingida com a conclusão de um quinto poço no local, prevista para o fim do ano. O projeto de ampliação prevê a perfuração de mais três poços produtores e a construção de uma nova unidade de processamento, instalação que
separa o gás do óleo
extraídos dos poços. O sistema de transporte aos principais entroncamentos de dutos bolivianos já foi concebido com capacidade adicional.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não mencionou a ampliação do campo de San Antonio, disse que o objetivo dos investimentos é permitir que a Bolívia cumpra o compromisso de entregar os 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil até 2019, como previsto em contrato.
Segundo fontes próximas à indústria de petróleo boliviana, o projeto de ampliação do campo de San Antonio está na linha de frente das discussões entre a Petrobras e a YPFB. A Bolívia necessita urgentemente ampliar sua produção de gás para cumprir os compromissos com Brasil e Argentina, além de garantir o abastecimento interno do combustível.
— É o projeto que pode garantir bons volumes de gás em um prazo mais curto — diz um observador.
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