| 06/11/2007 07h51min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará a Bolívia no dia 12 de dezembro, confirmou nesta segunda-feira o seu colega boliviano, Evo Morales.
— Se quer investir, seja bem-vindo — disse Morales, comentando as últimas declarações da Petrobras sobre possíveis novos investimentos na Bolívia.
O governante boliviano lembrou que qualquer novo investimento deverá "respeitar as normas" do país. Mas reconheceu que a Bolívia "precisa de milhões e milhões" para poder avançar na industrialização do gás natural e do petróleo. Os governos dos dois países já tinham antecipado recentemente que Lula se encontraria com Morales na Bolívia antes do fim do ano. Mas a data ainda não estava marcada.
Morales se reunirá nesta terça-feira em La Paz com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. O executivo vai à Bolívia para avaliar os "avanços" no estudo dos novos investimentos, feitos por equipes técnicas da estatal brasileira e da Yacimientos Petrolíferos
Fiscales Bolivianos (YPFB). O ministro
dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, esclareceu que não vai assinar "nenhum documento" nem informar "absolutamente nada" enquanto não houver resultados na agenda de trabalho entre os dois países.
A Petrobras, a maior empresa estrangeira na Bolívia, foi uma das mais afetadas pela decisão do presidente Morales de nacionalizar os hidrocarbonetos, em maio de 2006. Desde então a companhia só realiza os investimentos necessários para manter suas atividades já existentes no país.
Marco Aurélio Garcia, assessor de Relações Internacionais do presidente Lula, afirmou recentemente que a Petrobras estuda novos investimentos para explorar gás na Bolívia e a possibilidade de operar o campo Itaú, hoje de responsabilidade da franco-belga TotalFinaElf.
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