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 | 16/08/2007 11h10min

Radamés Lattari diz que Ricardinho mentiu em livro

Ex-técnico da seleção se manifestou sobre o corte para Sydney, em 2000

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o técnico Radamés Lattari afirmou que o levantador Ricardinho mentiu em um trecho de seu livro Levantando a Vida, lançado na última terça. Na publicação, o jogador diz que não sabe por que foi cortado da seleção brasileira há 15 dias das Olimpíadas de Sidney, quando Lattari era o treinador, e afirma que este episódio foi um dos mais frustrantes de sua carreira.

– Fiquei sete anos calado, mas decidi falar porque ele faltou com a verdade e meu nome foi citado. Eu contava com o Ricardinho no meu grupo para a Olimpíada. O corte aconteceu por culpa dele. Fui criticado pela imprensa por uma decisão que não foi minha – disparou o técnico, que não quis explicar o motivo do corte, limitando-se a dizer que não foi por critério técnico. – Existem decisões que são dos dirigentes. Quando o corte aconteceu, eu estava nos EUA, e a seleção, na Colômbia – afirma.

Quem deu a notícia do corte a Ricardinho foi Samy Mehlinski, ex-treinador que atualmente trabalha na CBV.

– Samy agiu com dignidade e gentileza, mas é claro que não escondi minha revolta com aquilo que me informou – escreve Ricardinho. – Por essa eu não esperava. O que eu fiz de mal? – questiona-se no livro.

A seleção acabou em sexto lugar nas Olimpíadas de Sidney, pior desempenho desde os Jogos de 1976. No ano seguinte, Lattari foi substituído por Bernardinho, que anteriormente treinava a seleção feminina. Já sobre o corte de Ricardinho às vésperas do Pan-Americano do Rio de Janeiro, o presidente da CBV Ary Graça disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta, que dá apoio ao técnico Bernardinho e que não irá interferir no assunto.

– Foi um problema entre o técnico e o jogador. O treinador tomou a atitude que tinha de tomar e estou de acordo com ele. Era um assunto encerrado que só voltou à tona por causa do lançamento do livro de Ricardinho – afirmou o dirigente, acrescentando que a crise entre treinador e levantador é prejudicial à equipe. – É péssimo para o vôlei ter de atuar sem o melhor levantador do mundo – encerrou.

GAZETA PRESS
 

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