Ex-dirigente do vôlei brasileiro, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos (CO-Rio), Carlos Arthur Nuzman, evitou polemizar sobre a divulgação de doping envolvendo a jogadora da seleção brasileira de vôlei Jaqueline. Durante coletiva nesta quinta-feira, Nuzman foi enfático.

– Esta é uma questão exclusiva que pertence à CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

Segundo ele, a confirmação do caso exclui automaticamente a atleta da competição no Rio, mas foge à alçada do COB.

– Este é um caso externo. Pelo que fomos informados, o resultado foi em uma competição internacional. Mas ela não será inscrita (no Pan).

A brasileira não é a primeira excluída dos Jogos por causa de doping. No final da noite de quarta-feira, três atletas mexicanos foram cortados da delegação pelo mesmo motivo. Eles disputariam provas de atletismo, pentatlo moderno e levantamento de peso.

Na semana passada, resultados positivos em antidoping prévio cortou dois competidores da República Dominicana: um de beisebol e outro de boxe.

O controle de substâncias proibidas tem sido uma das principais preocupações das organizações esportivas internacionais. Maculado por sucessivos escândalos com atletas de ponta, o ciclismo resolveu agir.

No mês passado, a União Ciclística Internacional (UCI) propôs aos profissionais da modalidade que assinassem um acordo denominado ‘Compromisso dos Corredores para um Novo Ciclismo' garantindo não fazer uso de substâncias dopantes. A penalização seria o pagamento à entidade do salário total do infrator durante um ano.

A iniciativa foi elogiada pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que está no Rio de Janeiro.

– Este é um acontecimento importante no mundo do esporte e acho que todos que se julgam inocentes devem assinar – disse. Os 189 participantes da Volta da França, que permanece sem campeão oficial da edição de 2006 por causa de doping, assinaram.

GAZETA PRESS