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 | 01/06/2007 08h33min

CPI do Apagão Aéreo vistoria radar do Morro da Igreja, em SC

Quatro deputados federais estiveram ontem em Urubici, Planalto Serrano

Os deputados federais Celso Russomanno (PP/SP), Gustavo Fruet (PSDB/PR), Marco Aurélio Ubiali (PSB/SP) e Vinicius Rapozo de Carvalho (PT do B/RJ) – todos integrantes da CPI que investiga a crise aérea – estiveram ontem em Santa Catarina para vistoriar o Destacamento de Controle de Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI), em Urubici, Planalto Serrano.

O grupo chegou ao local por volta das 10h e foi recebido pelo diretor-geral do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), major-brigadeiro Ramon Borges Cardoso.

Os deputados conheceram o radar meteorológico, que faz o mapeamento das nuvens através de leitura volumétrica, num raio de 400 quilômetros entre o sul do Paraná e o norte do Rio Grande do Sul, inclusive sobre o Oceano Atlântico.

O equipamento constata o tamanho e a densidade das nuvens e os dados são repassados a Curitiba, auxiliando a aviação. Depois os deputados visitaram o radar que detecta qualquer superfície metálica num raio de 400 quilômetros.

O major-brigadeiro garantiu aos deputados que a partir da necessidade de defesa aérea, em caso de ataques, é possível operar na região de cobertura do DTCEA-MDI.

– Dizem que o nosso sistema é obsoleto, mas pelo contrário, é novo e moderno. Após o acidente com o avião da Gol e com os conseqüentes problemas no setor aéreo as atenções concentraram-se nos controladores de vôo. É preciso entender que eles são apenas a ponta da linha, pois antes há um processo que envolve várias pessoas – disse o militar.

Os parlamentares estão visitando instalações da Aeronáutica em todo o Brasil. Em Urubici, souberam que o novo software a ser utilizado pelo Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2) é de fabricação brasileira e permite a leitura de até 36 radares.

O antigo, de origem francesa, lê no máximo nove. Celso Russomanno disse que suas maiores preocupações são com os Cindactas 1, em Brasília (DF); 3, em Recife (PE), e 4, em Manaus (AM).

Russomanno quer saber se os softwares utilizados pela Aeronáutica interagem, citando os casos dos radares de São Roque e do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

PABLO GOMES/DIÁRIO CATARINENSE
 

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