| 18/05/2007 09h34min
O deputado distrital de Brasília Pedro Passos (PMDB) e outros 41 presos na Operação Navalha passaram a noite na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. Passos foi detido durante a operação realizada na quinta-feira que desmantelou uma organização que desviava recursos destinados a obras públicas.
Do total de presos pela PF, apenas quatro ainda não chegaram a Brasíla. Outras duas pessoas continuam foragidas. A previsão é de que os detidos comecem a depor hoje.
Ontem à noite, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou a custódia do deputado, conforme prevê o regimento interno, e ele deverá ser solto hoje, depois que a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinar o ato de soltura. Ela expediu os mandados de prisão e, no caso de Pedro passos, qualificou como flagrante. Os demais foram feitos preventivamente.
O advogado de Pedro Passos, Herman Barbosa, disse que “a prisão dele foi irregular, pois a decisão da ministra do STJ se baseou em fato ocorrido há um ano” e que isto “não é flagrante, por isso a Câmara Legislativa determinou a soltura”. O procurador-geral da Câmara, Stefano Pedroso, compareceu à Polícia Federal à meia noite, acompanhado da Polícia Legislativa, a fim de levar Pedro Passos para prisão domiciliar, de acordo com o que decidiu a Câmara Legislativa. O procurador disse que na terça-feira deve ser votado o relaxamento da prisão domiciliar.
O delegado responsável pelo caso decidiu soltar o deputado somente depois de receber despacho da ministra Eliana Calmon, o que deve ocorrer hoje. Dezenas de advogados ficaram, à noite, na guarita da Polícia Federal, tentando falar com seus clientes. A maioria viajou de outros estados para Brasília depois que a Operação Navalha foi desencadeada. Poucos conseguiram falar com os presos, mas disseram que eles estão sendo bem tratados.
AGÊNCIA BRASIL
Detidos na Operação Navalha chegam à Superintendência da Polícia Federal em Brasília
Foto:
Wilson Dias
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Abr
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