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 | 17/05/2007 15h38min

Assessor de ministro preso na Operação Navalha é afastado

Ivo Almeida Costa poderá responder a processo administrativo

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, afastou no início desta tarde o assessor de gabinete Ivo Almeida Costa, preso de manhã pela Operação Navalha da Polícia Federal (PF). Segundo a assessoria do ministério, Costa é servidor público. O setor jurídico analisa a possibilidade de ele responder a processo administrativo, o que pode resultar em demissão.

A PF não divulgou as razões da prisão do servidor. O processo corre em segredo de Justiça. Cerca de 400 policiais foram mobilizados para cumprir 43 mandados de prisão, decretados pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon.

A quadrilha desviava recursos públicos em 10 Estados e no Distrito Federal. O objetivo era lucrar com a execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de crimes como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, a organização criminosa desviou recursos dos Ministérios de Minas e Energia, do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Integração Nacional, das Cidades e do Departamento Nacional Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Nos Estados, foram constatadas fraudes em Alagoas, Maranhão, Sergipe, Piauí. Na esfera municipal estavam envolvidas autoridades dos municípios de Camaçari (BA) e Sinop (MT).

O grupo era organizado em três níveis. No primeiro, atuavam pessoas diretamente ligadas à construtora Gautama, de Salvador. No segundo, estavam os auxiliares e intermediários, principalmente os responsáveis pelo pagamento das propinas e no último, autoridades públicas que tinham a função de remover obstáculos à atuação da organização criminosa.

AGÊNCIA BRASIL
Wilson Dias / ABr

Polícia Federal apreende documentos da Operação Navalha
Foto:  Wilson Dias  /  ABr


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