| 24/04/2007 19h56min
Após reunião entre os líderes partidários, os senadores decidiram na tarde desta terça-feira que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai ler nesta quarta no plenário o requerimento para a criação da CPI do Apagão Aéreo. Os líderes também chegaram a um consenso sobre um prazo de 20 dias para que os partidos indiquem os membros da comissão.
O líder do Democratas, José Agripino Maia (RN), um dos principais articuladores pela instalação da CPI, chegou a defender a extensão do prazo para 30 dias, mas o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) se opôs e Renan acabou aceitando a proposta de menor tempo.
O presidente do Senado avisou também que quando o requerimento for lido, do ponto de vista regimental, a instalação da CPI se torna irreversível. A única possibilidade de abortar a investigação seria um acordo entre os líderes.
Os governistas Romero Jucá (PMDB-RR) e Renato Casagrande (PSB-ES) afirmaram que os 20 dias de prazo darão tempo para que se construa um acordo que faça a oposição rever a idéia de instalar a CPI no Senado. Em contrapartida, o governo aceitaria negociar a composição da comissão na Câmara, cedendo a presidência ou a relatoria aos partidos oposicionistas. Tanto Agripino quanto o líder do PSDB, Arthur Virgílio (PSDB-AM), disseram considerar o acordo muito difícil.
Mais cedo, os presidentes do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), almoçaram numa tentativa de afinar o discurso da oposição antes da instalação da CPI no Senado.
Nesta quarta, haverá a definição sobre a CPI do Apagão na Câmara. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá sobre o recurso da oposição, que pede a instalação imediata da comissão.
AGÊNCIA O GLOBO
Presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou prazo de 20 dias para indicações de integrantes da CPI do Apagão
Foto:
Geraldo Magela
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Agência Senado
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