O líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de contemplar o PMDB com cinco ministérios na reforma ministerial. Segundo ele, isso desequilibra as forças dos partidos que compõem o governo de coalizão - PSC, PSB, PCdoB, PMDB, PP, PR, PV, PT, PDT, PTB e PRB. Ontem, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP) anunciou que o partido ficará com as pastas de Minas e Energia, Comunicações, Saúde, Integração Nacional e Agricultura.

– Um governo de coalizão não pode ser sustentado por dois partidos, PT e PMDB. Os dois saem fortalecidos nessa reforma. Não é espaço demais para o PMDB, mas é de menos para os outros partidos da coalizão. Isso é um desequilíbrio para o governo de coalizão e pode prejudicar o fortalecimento permanente do governo e da base no Congresso. O presidente Lula precisa tomar cuidado com esse desequilíbrio – disse, em discurso no Congresso.

Segundo Casagrande, o PSB tinha expectativa de manter o mesmo espaço no segundo mandato do presidente Lula, ou seja, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o da Integração Nacional, que comanda o projeto de transposição do Rio São Francisco.