| 08/03/2007 15h23min
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira que não teme a radicalização dos debates após a guerra travada entre governo e oposição sobre a CPI do Apagão Aéreo. O PT conseguiu aprovar no plenário um pedido de efeito suspensivo da CPI, que agora terá sua validade analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o governo tem maioria. Com isso, a oposição prometeu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a decisão nega o direito da minoria de instalar CPIs.
– Se houver acirramento das relações, mais do que nunca seremos rigorosos e seguiremos o regimento – ameaçou Chinaglia, que citou o cumprimento do tempo exato de fala para cada de deputado e a permissão de discursos apenas para líderes do bloco partidários como exemplos de "medidas severas". A gestão do petista tem sido marcada pela flexibilidade das regras, como tempo maior de discursos.
Chinaglia criticou o líder do PFL, Onyx Lorenzoni (RS), que teria dito que o adiamento da CPI foi um "jogo combinado".
– É uma observação abusiva. Nosso único jogo combinado é com o regimento. Vejo um viés antidemocrático quando alguém, por não ter sido atendido, fica fazendo acusações – disse o presidente da Câmara.
Chinaglia afirmou duvidar que o STF venha a obrigar a instalação da CPI, como já fez ao exigir o início da CPI dos Bingos, no Senado:
– São situações totalmente diferentes. Duvido que o STF decida diferente, pois seguimos totalmente o regimento.
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