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 | 06/03/2007 09h31min

Análises confirmam que H5N1 procede do sul da China

Variante mais letal da gripe aviária se estendeu através de rotas de migração

O vírus mais letal da gripe aviária, o H5N1, procede da província de Guangdong, no sul da China, segundo análises genéticas e geográficas feitas por uma equipe de especialistas da Universidade da Califórnia (EUA).

Essa zona é a origem de diferentes variantes do H5N1, que a partir daquele local estenderam-se através de rotas de migração, várias das quais foram identificadas pela universidade, afirma um comunicado divulgado na segunda no site do centro de ensino.

– Comprovamos que a província chinesa de Guangdong é a fonte dos vários tipos do H5N1 propagados em escala regional e internacional – indica o relatório, publicado no último número da revista Proceedings da Academia Nacional de Ciências americana.

Os especialistas sustentam que o controle do vírus em sua origem pode ajudar a limitar sua propagação e a intervir estrategicamente contra ele de forma mais efetiva.

– Com um mapa de onde as variantes migraram é mais provável isolar o tipo que pode ser usado para fazer uma vacina – segundo Walter Fitch, professor de ecologia e biologia evolutiva da universidade americana e co-autor do estudo.

O vírus da gripe aviária, que a partir da China chegou a aproximadamente 50 países, já infectou 275 pessoas, das quais 167 morreram, além de ter causado o sacrifício de milhões de aves, indicam os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS alertou várias vezes que, caso haja uma mutação do vírus H5N1 que tornasse possível ser transmitido entre humanos, poderia ocorrer uma pandemia.

O estudo da Universidade da Califórnia, feito com 192 mostras obtidas na Ásia e na Europa, reconstrói a evolução geográfica do vírus a partir de Guangdong. Também foram analisadas seqüências genéticas do vírus, um estudo que mostra – segundo os cientistas – que o H5N1 movimenta-se através de diferentes espécies e instala-se no melhor portador possível em cada lugar, com mutações que permitem uma extensão muito rápida da doença.

AGÊNCIA EFE
 

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