Depois de São Francisco do Sul, Florianópolis pode conquistar o direito de sediar uma etapa de nível cinco estrelas do (WQS), divisão de acesso do circuito mundial, nesta temporada. Segundo Bira Schauffert, organizador de 18 etapas do WQS em Santa Catarina, o evento, caso seja confirmado, ocorrerá entre 16 e 21 de outubro, na Praia Mole.

O campeonato supriria a etapa cinco estrelas programada para o mesmo período na Praia do Forte, em Salvador (BA), que estaria sendo tirada do calendário da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) por causa de questões ambientais. É que a Praia do Forte é um berço natural de desova de tartarugas marinhas e a realização da competição no local poderia interferir no meio ambiente.

Ao saber do problema, Bira entrou imediatamente com uma carta de intenções na ASP requisitando os direitos de organização da etapa. A confirmação, entretanto, depende do aval do diretor regional da ASP South America, Roberto Perdigão.

– Estou aguardando a volta do Perdigão a Florianópolis para subir mais um degrau nessa negociação. Acho que após o Carnaval teremos uma definição – disse Bira, que ainda não firmou parceria com nenhum patrocinador.

A etapa da Praia Mole, se confirmada, será denominada Florianópolis Pro e distribuirá US$ 100 mil em prêmios, além de 2.000 pontos no ranking. Caso a proposta seja aceita, a elite do surfe mundial deverá permanecer no Brasil por quase um mês. É que após o WQS da Praia Mole e de Itamambuca, em Ubatuba (SP), ocorre o Nova Schin Pro Brasil, etapa do WCT, na Praia de Imbituba, entre 30 de outubro e 7 de novembro.

Com tantas provas importantes no Brasil, as chances do país ter mais surfistas na divisão de elite em 2008 também aumentam. Até o momento, o catarinense Jean da Silva, o cearense Pablo Paulino e os cariocas Simão Romão, Yuri Sodre e Leandro Bastos figuram na lista dos 15 que sobem para o WCT no final da temporada.

DIÁRIO CATARINENSE