Longas filas se formaram desde o começo da manhã, em meio a um clima de tranqüilidade, nas seções eleitorais da Venezuela, que elege hoje seu novo presidente. Estas eleições serão um marco em termos de participação, segundo Janeth Hernández, vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), menos de duas horas depois da abertura oficial dos centros de votação, às 6h (8h de Brasília).

O governo da Venezuela calcula que a abstenção pode ser menor do que 30% nas eleições presidenciais. Hernández classificou como histórico o processo, do qual 16 milhões de venezuelanos poderão participar escolhendo quem governará o país pelos próximos seis anos.

A disputa pela Presidência está polarizada entre o atual presidente e candidato à reeleição, Hugo Chávez, e o representante da oposição Manuel Rosales.

Hernández pediu aos cidadãos que não façam nada que possa provocar o caos e lembrou que é proibido fazer campanha no dia das eleições.

No começo da manhã, em Caracas, a participação dos eleitores era igualmente numerosa tanto nos bairros de classe média e alta, das quais Rosales recebe mais apoio, como nos bairros populares, nos quais estão concentrados os partidários de Chávez.

Além de Chávez e Rosales, outros 12 candidatos, praticamente desconhecidos, concorrem à Presidência da Venezuela.

Humberto Castillo, outro diretor do CNE, confirmou que os eleitores estão comparecendo em massa para votar. Ele disse ainda que houve atrasos na abertura de algumas seções, embora o nível geral de pontualidade tenha melhorado em relação a consultas e pleitos anteriores.

Castillo afirmou, após comunicar-se com o Comando Unificado da Força Armada Nacional (CUFAN), encarregado da segurança do processo, que "a normalidade e a tranqüilidade são absolutas em todo o país".

Os venezuelanos contam com um sistema automatizado de votação e apuração cuja confiabilidade, transparência e efetividade foram reconhecidas por todos os grupos políticos que apresentaram candidatos.

Pesquisas realizadas pelo CNE indicaram que a participação dos venezuelanos nestas eleições deverá ser a mais alta nos últimos 15 anos.

AGÊNCIA EFE