| 30/10/2006 20h49min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu um salto de qualidade para o Brasil e projetou que o país ingressará no rol das nações desenvolvidas em entrevista na noite desta segunda-feira ao Jornal Nacional, da Rede Globo. Em um intervalo de menos de uma hora, foi a terceira fala a redes de televisão. Antes, ele já havia concedido entrevistas ao vivo à Rede Record e à Bandeirantes.
A declaração do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (PT), de que acabou a "Era Palocci" teve de ser explicada pelo presidente nas três vezes. Lula disse que a política de Antônio Palocci não era definida apenas pelo ex-minstro, mas discutida com ele. Também destacou que foi esta política a responsável pelas bases econômicas que dão hoje, segundo avaliação do presidente reeleito, condições para que o país cresça.
O boato sobre a saída de Guido Mantega da Fazenda foi outro tema recorrente nos três programas de televisão. Em todas as entrevistas, Lula reafirmou que tem até 1º de janeiro para anunciar o novo ministério. No Jornal Nacional, fez as tradicionais comparações com futebol:
– No Brasil, em convocação da Seleção e nomeação do ministério, todo mundo acha que pode dar palpite. Quem escolhe a Seleção é o Dunga. Quem nomeia o ministério sou eu.
Sobre o futuro governo, afirmou que é natural que este seja formado por pessoas ligadas a partidos que o apoiaram e afirmou que levará em conta a competência técnica e os compromissos programáticos e partidários dessas pessoas.
O presidente disse esperar uma boa relação com a oposição e afirmou que todos os projetos que encaminha ao Congresso são de interesses do Brasil e não pessoas. Novamente, destacou a importância de serem votados a lei de micro e pequenas empresas, o Fundo Nacional de Ensino Fundalmental (Fundef) e a reforma política. Ele criticou o antecessor, Fernando Henrique Cardoso, que declarou nesta segunda-feira que a oposição se manterá firme.
Lula disse não temer investigações sobre a origem do dinheiro para a compra do Dossiê Cuiabá e afirmou que é natural enfrentar oposição. No entanto, afirmou que é necessário fazer uma diferenciação entre oposição na campanha e no governo.
Sobre o Bolsa-Família, o presidente disse que o programa continuará existindo até que se extingua a pobreza no Brasil.
– Vamos continuar trabalhando para exterminar a miséria – se comprometeu o presidente.
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