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 | 30/10/2006 13h42min

Microempresas vão propor a Lula reforma sindical

Simpi pede que projeto de lei seja enviado com urgência ao Congresso

O presidente do Sindicado da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, anunciou nesta segunda que vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que seja enviado, em caráter de urgência ao Congresso, projeto de lei com uma profunda reforma sindical, que estimule a representatividade das instituições e o contrato coletivo de trabalho para o fim da contribuição sindical obrigatória. Ele vai sugerir a Lula que proponha essa reforma ao Congresso tão logo inicie seu novo mandato, em janeiro.

– Queremos uma reforma que acabe com os sindicatos de gaveta, que não representam nada nem a ninguém, servindo apenas de massa de manobra para interesses espúrios – afirmou Couri.

Constituído em 1989, logo após a promulgação da Constituição, o Simpi representa hoje cerca de 200 mil micro e pequenas indústrias paulistas, com menos de 50 empregados cada, e recebeu o registro sindical do Ministério do Trabalho em janeiro do ano passado.

Para Couri, a reeleição de Lula propiciará ao país um sindicalismo novo e autêntico, "afastando-se do modelo fascista da Carta del Lavoro no qual se baseiam até hoje muitos sindicatos brasileiros".

Ele sustenta que a entidade é exemplo de que os sindicatos podem sobrevier sem contribuições obrigatórias, o que ocorre desde sua fundação. Para ele, a contribuição sindical leva à acomodação e à falta de representatividade efetiva, como ocorre com diversos sindicatos patronais de indústria no país. Eliminada essa contribuição, todo o movimento sindical deverá rever suas estratégias de representatividade, na sua opinião.

Couri avalia que o primeiro governo do presidente Lula criou as bases para que o Brasil volte a crescer de forma sustentada nos próximos anos, tendo se empenhado, no aspecto macroeconômico, pela estabilidade, a geração de superávit comercial e a redução da taxa de juros. No novo mandato, a seu ver, os próximos passos devem ser na direção das diversas reformas, como a sindical, a tributária e também uma reforma na área política.

AGÊNCIA O GLOBO
 

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