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 | 13/10/2006 11h35min

Forças Armadas tentam resgatar mais corpos do acidente de avião

Dos 149 encontrados, 140 já foram identificados

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército, bombeiros e peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) concentram as buscas pelos últimos quatro corpos das vítimas do Boeing 737-800 da Gol, que caiu há duas semanas na terra indígena Capoto Jarina, no norte do Mato Grosso, após chocar-se com o jato Legacy que seguia para os Estados Unidos.

Até agora, foram encontrados 149 corpos ou restos mortais, dos quais 140 foram identificados. Desses, 125 foram retirados do IML pelos familiares. O vôo levava 154 pessoas, sendo 148 passageiros e seis tripulantes.

Segundo nota do Comando da Aeronáutica, 350 pessoas participam das buscas no local. Sessenta deles passaram a noite no local do acidente. Somente ontem, 134 homens estiveram diretamente envolvidos com as buscas no local e na base de apoio dos militares, localizada na fazenda Jarinã. Um grupo de cães farejadores também foi enviado para o local, pois as buscas ficam mais difíceis na medida em que não há mais grupos de vítimas junto aos destroços.

Entre as estratégias adotadas para as últimas buscas está a participação de grupos indígenas da região e a remoção de parte da fuselagem do Boeing 737-800. A Aeronáutica confirmou que os militares suspenderam ontem a cabine da aeronave com o uso de macacos hidráulicos e colchões pneumáticos. Nenhuma vítima foi encontrada. A operação no local continua hoje.

Do total de corpos enviados para a identificação formal em Brasília, 140 pessoas foram reconhecidas por diferentes meios: impressões digitais, arcadas dentárias, e exames de DNA, que permitem traçar ligação genética com os parentes. Ontem, o IML recebeu mais quatro corpos, o que totaliza nove os que aguardam identificação.

Para esclarecer as dificuldades atuais do trabalho dos peritos, o direitor do IML José Flávio de Souza Bezerra marcou uma entrevista coletiva às 17h de hoje, na sede do instituto.

AGÊNCIA BRASIL
 

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