| 10/10/2006 01h04min
O plano de vôo do avião Legacy comprova que o jato da Embraer deveria ter mudado de altitude depois de sobrevoar Brasília. No último domingo, o Fantástico mostrou os depoimentos dos pilotos do Legacy.
O plano de vôo foi feito por Welder Cabreira da Embraer e aprovado pelo sistema de controle do espaço aéreo brasileiro. De acordo com o Jornal Nacional, o documento traz o prefixo do avião Legacy: N600XL, o nome da empresa dona do avião: ExcelAire e o código do piloto Joseph Lepore.
O plano de vôo previa que o Legacy deveria decolar de São José dos Campos e manter a altitude de 37 mil pés até Brasília. Ao passar pela cidade, o avião deveria descer a 36 mil pés. Cerca de 513 km depois, quando cruzasse a posição teres - que é um ponto virtual de controle aéreo - o Legacy deveria subir para outra altitude: 38 mil pés. Segundo pilotos, essa mudança leva cerca de um minuto, que equivale a 15 quilômetros. Nesse momento, os dois aviões estariam a 600 quilômetros um do outro. A posição teres, sinalizado em uma carta de navegação, fica a 307 quilômetros antes do local da colisão com o vôo da Gol.
De acordo com especialistas, o Legacy deveria ter mantido o plano de vôo, mesmo que estivesse sem comunicação com o centro de controle aéreo. Se ele tivesse feito isso, estaria a 38 mil pés no local do acidente. Logo, passaria por cima do avião da Gol, que estava a 37 mil pés. Qualquer mudança no plano tem que ser pedida e autorizada pelo sistema de controle. Mas nada disso foi feito.
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