| 09/10/2006 08h56min
A Polícia Federal de Mato Grosso pediu, no fim de semana, a quebra do sigilo telefônico de 500 linhas fixas e de celulares. São números que receberam ligações de envolvidos no caso da negociação do dossiê Cuiabá. A intenção é tentar descobrir a origem do dinheiro que seria usado para comprar informações e fotos contra políticos do PSDB.
De acordo com a PF, com a quebra será possível verificar as ligações feitas e recebidas por suspeitos de envolvimento no caso, como Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso, Osvaldo Bargas e Hamilton Lacerda. Os quatro foram expulsos do PT em decisão da executiva nacional do partido, na sexta-feira passada. O delegado que comanda as investigações, Diógenes Curado, afirmou que optou por este caminho porque seria mais lento tentar descobrir de onde veio o dinheiro por meio da quebra de sigilo bancário. A PF pretende esclarecer o caso antes do segundo turno das eleições. Cinco deputados federais que fazem parte da CPI dos Sanguessugas estão em Cuiabá para acompanhar as investigações sobre a compra do dossiê. A delegação é formada pelo sub-relator da CPI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), deputado Júlio Delgado (PSB-MG), deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), e senador Amir Lando (PMDB-RO), além do secretário Augusto Panisset Santana. Eles vão se reunir com o delegado Diógenes Curado e também devem se encontrar com o juiz Jefferson Schneider, na Justiça Federal. Os deputados querem informações sobre a origem do dinheiro que seria utilizado para comprar o dossiê. De acordo com Carlos Sampaio, as informações obtidas em Mato Grosso poderão gerar novos requerimentos de quebras de sigilo e também convocações para depoimento, apesar de todos os envolvidos na tentativa de negociação do dossiê já terem sido ouvidos pela polícia. Segundo a deputada Vanessa Grazziotin, os chefes da máfia das ambulâncias, Luiz Antônio Trevisan e Darci José Vedoin, podem ser chamados novamente para depor. Para ela, os trabalhos da CPI em Cuiabá têm dois focos. - Um é aquele que trata da tentativa de compra do dossiê. O outro, que é muito importante para a CPI, diz respeito ao conteúdo do dossiê. A CPI já foi em busca de algumas peças que foram apreendidas, mas, pelo que tudo indica, as informações estão incompletas - explicou. AGÊNCIA GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.