A Executiva Nacional do PT decidiu nesta sexta-feira expulsar cinco petistas envolvidos com a compra do dossiê contra os tucanos: Oswaldo Bargas, Jorge Lorenzetti, Valdebran Padilha, Hamilton Lacerda e Expedito Veloso. Lacerda e Lorenzetti já tinham se antecipado à expulsão e haviam pedido desfiliação do partido e Valdebran já tinha sido suspenso do partido..

Bargas e Expedito, portanto, foram expulsos do partido, embora ainda tenham que responder formalmente à comissão de ética. Somente ao final do processo legal é que serão considerados oficialmente expulsos. Segundo a direção do PT, a expulsão que acaba de ser anunciada será "política" enquanto o processo da comissão de ética não é concluído.

Devido à crise do dossiê, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, pediu licença do cargo. O petista informou que permanecerá afastado pelo prazo necessário para o completo esclarecimento dos fatos que ligam petistas à tentativa de compra do documento. Seu provável substituto temporário é o primeiro vice-presidente da sigla, Marco Aurélio Garcia, que já havia assumido o lugar de Berzoini na coordenação nacional da campanha à reeleição de Lula.

O partido estava dividido sobre a permanência de Berzoini. Uma ala entendia que a situação havia se tornado insustentável depois de ele admitir que coordenava o chamado "núcleo de inteligência", composto pelos principais envolvidos com o caso do dossiê. Outra ala, no entanto, defendia que a saída do dirigente da presidência do PT deveria ocorrer somente depois das eleições, pois poderia ser usada pelo PSDB para prejudicar a campanha de Lula.