| 05/10/2006 22h51min
O diretor geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), tenente-brigadeiro-do-ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, disse nesta quinta-feira que até agora não foi detectado qualquer problema com os equipamentos de controle na área onde caiu o Boeing 737-800 da Gol na última sexta-feira .
Já no dia seguinte ao acidente, acrescentou, um avião do Grupo Especial de Inspeção em Vôos sobrevoou o local para fazer inspeção de radares e outros equipamentos de auxílio à navegação.
– Ainda esta faltando um vôo, que não foi concluído e está previsto para amanhã, mas até agora não detectamos falha ali – disse.
Vilarinho negou a existência de “buracos negros”, áreas onde não há comunicação das aeronaves com o sistema de controle do tráfego, no espaço aéreo brasileiro. Ele garantiu que o sistema brasileiro é um dos melhores do mundo e informou que nos últimos quatro anos recebeu investimentos de US$ 121,5 milhões para revitalização. Na área da Amazônia, no entanto, nenhum radar foi substituído, porque os aparelhos foram instalados em 2002 e cobrem toda a região.
Na avaliação do militar, os pilotos do jato Legacy, também envolvido no acidente, não tinham razões para desligar o aparelho conhecido como transponder, porque voavam legalmente. Vilarinho confirmou que os controladores do Decea, ao perderem o sinal do Legacy, tentaram contato com a tripulação sete vezes, mas não obtiveram resposta do rádio.
Os dois aviões estavam equipados com o TCAS, que avisa em caso de colisão iminente, mas segundo Vilarinho o aparelho não funciona se o transponder estiver desligado ou em pane. A falta do transponder também impede que se determine a altitude exata em que o avião estava voando, acrescentou.
AGÊNCIA BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.