| 02/10/2006 16h52min
Um dia após ser confirmada a sua presença no segundo turno com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato Geraldo Alckmin concedeu entrevista no mesmo horário de seu adversário. O tucano contou que telefonou hoje para o senador Cristovam Buarque (PDT), quarto colocado no pleito.
– Ele levou uma mensagem muito forte pelo país todo – disse Alckmin em São Paulo.
O ex-governador de São Paulo relatou que chegou a brincar com o pedetista ao chamá-lo de Cristovam Buarque da Educação. O candidato do PSDB comentou que ainda não entrou em contato com Heloísa Helena (P-Sol), mas disse que isso é questão de tempo. A senadora já antecipou neste segunda que liberará os eleitores de seu partido no segundo turno.
– Eu respeito muito os partidos políticos. As conversas devem ser partidárias – acrescentou Alckmin ao mencionar que o PSDB irá procurar as lideranças das legendas em busca de apoio.
Hoje, Cristovam Buarque havia dito que cabe a seu partido escolher quem será apoiado no segundo turno. Segundo Alckmin, já foi dada a largada nos diálogos entre as siglas. O PSDB já teria entrado em contato com o presidente do PMDB, Michel Temer.
Diferente do primeiro turno, o tucano declarou que terá ao seu lado pelas andanças no país os candidatos vitoriosos José Serra, eleito governador de São Paulo, e Aécio Neves, reeleito em Minas Gerais.
Ao comentar o resultado entre os mineiros, Alckmin disse que não considera-se derrotado embora tenha ficado atrás de Lula. Ele destacou o percentual de 40% que atingiu em Minas.
– Nós ultrapassamos uma barreira dura que é a descrença – disse.
No começo da entrevista, Alckmin agradeceu aos brasileiros pelo entusiasmo.
– Eu senti nas ruas o crescimento da confiança na nossa candidatura – afirmou.
Sobre as perpectivas para o dia 29 de outubro, o candidato tucano mencionou que no segundo turno o que pesa muito é a rejeição, lembrando que a sua é menor do que a de seu adversário.
Ele disse ainda que o povo deu uma chance a Lula, que não soube aproveitar. Para Alckmin, a seqüência de escândalos não foram fatos isolados.
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