| 29/09/2006 18h45min
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, reagiu às declarações do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que acusou os tucanos de articular a divulgação das fotos do dinheiro apreendido com integrantes do PT durante tentativa de compra do Dossiê Cuiabá, contra políticos do PSDB. Sem citar o nome do PT, Tasso Jereissati disse que esse tipo de "armação mafiosa" se assemelha a outro partido, e lembrou que o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, denunciou petistas por suposto envolvimento no mensalão.
– Essas armações mafiosas, ao estilo gângster, não são uma prática do PSDB. Está claro qual partido que se assemelha ao que o procurador da República caracterizou de organização criminosa – respondeu o tucano.
Tasso Jereissati disse ainda que não é a divulgação das fotos do dinheiro que vão desestabilizar as eleições, e sim, a tentativa de compra do dossiê com R$ 1,7 milhão de origem desconhecida. O tucano aproveitou para cobrar explicações de Tarso Genro sobre o dinheiro.
– Se a eleição estiver desestabilizada não é por causa disso, é por causa de um monte de dinheiro que não tem explicação. Só quero dizer que não foi o PSDB que andava com dinheiro na sacola. O Tarso tem que explicar a origem desse dinheiro, quem está por trás desse dinheiro. Para mim, o crime não foi vazar a informação, foi não divulgar essas imagens – afirmou.
O presidente do PSDB voltou a dizer que é fácil rastrear a origem do dinheiro, e a acusar a Polícia Federal de demorar nas investigações, principalmente por não ter pedido informações ao Banco Central. E provocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
– Já deveria ter uma origem desse dinheiro. Isso é fácil rastrear. O BC não foi notificado para rastrear o dinheiro. Para o presidente Lula, não custava nada perguntar para os amigos íntimos, como Ricardo Berzoini, Freud Godoy ou Jorge Lorenzetti de quem é o dinheiro.
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