| 27/09/2006 12h
O empresário Luiz Antônio Vedoin está depondo nesta quarta-feira na Polícia Federal de Cuiabá. Ele está sendo ouvido no inquérito que apura o suposto envolvimento de parlamentares e prefeitos na máfia dos sanguessugas, que vendia ambulâncias a preços superfaturados com recursos do Orçamento. Vedoin é o dono da Planam, empresa suspeita de chefiar a máfia, e está preso desde o dia 15, acusado de tentar vender um dossiê contra candidatos tucanos.
Se o inquérito for transformado em processo, será conduzido pelo Supremo Tribunal Federal. Ontem, o pedido de revogação da prisão preventiva do empresário foi negado na terça-feira pelo juiz substituto da 2ª Vara Federal no Mato Grosso, Marcos Alves Tavares. A revogação da prisão havia sido pedida pelos advogados do empresário na sexta-feira. Na terça, a Justiça recebeu da Polícia Federal o pedido de quebra de sigilo bancário de Vedoin. Também foi pedida a quebra do sigilo de Paulo Roberto Trevisan, Gedimar Passos e Valdebran Padilha, todos acusados de envolvimento na compra de dossiê que comprovaria a participação de políticos tucanos no esquema de venda superfaturada de ambulâncias.De todos os acusados de envolvimento no caso, Vedoin é o único que ainda está preso. A Justiça Federal de Mato Grosso chegou a decretar na noite de segunda-feira a prisão de seis acusados de envolvimento na tentativa de compra do dossiê: o empresário Valdebran Padilha, o policial aposentado Gedimar Passos, ligado ao núcleo de inteligência da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-assessor do gabinete do presidente Freud Godoy, os petistas Jorge Lorenzetti e Osvaldo Bargas, e o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso. Mas os mandados não foram cumpridos devido às restrições da lei eleitoral, que não permite prisões desde a manhã de terça-feira, a não ser em flagrante.
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