| 20/09/2006 18h42min
O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) começou hoje uma ofensiva no Senado para criar mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O alvo das investigações seriam repasses da União para a organização não-governamental (ONG) Unitrabalho, que tem como colaborador Jorge Lorenzetti, ligado à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acusado pela revista Época de envolvimento na negociação do Dossiê Cuiabá, que envolveria políticos tucanos com a máfia das ambulâncias.
Segundo reportagem da ONG Contas Abertas, a Unitrabalho teria recebido R$ 18,5 milhões do governo federal desde o início do governo petista até setembro deste ano. Desse dinheiro, R$ 4,1 milhões teriam sido pagos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) na última quinta, um dia antes de Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha serem presos portando R$ 1,7 milhão que seriam usados para comprar o dossiê.
O senador já colheu sete assinaturas, enquanto para a abertura de uma CPI são necessárias 27. Além de Heráclito Fortes, já assinaram o requerimento de abertura os senadores César Borges (PFL-BA), Romeu Tuma (PFL-SP), Almeida Lima (PMDB-SE), João Alberto (PMDB-MA), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Marco Maciel (PFL-PE).
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