| 19/09/2006 17h55min
Em longa entrevista na tarde desta terça, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "indignado, perplexo", e determinou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, uma investigação profunda sobre a tentativa de compra do Dossiê Cuiabá, contra tucanos. Segundo Tarso, "se alguém tomou essa atitude, e parece que essa atitude foi tomada, é reprovável e inaceitável".
Tarso disse ainda que Freud Godoy, que estava lotado na secretaria particular do presidente Lula, continuará afastado até que o caso seja esclarecido. Segundo Tarso, se ficar provado que o assessor de Lula não tem envolvimento na compra do dossiê, o caso será reexaminado.
– O Freud vai permanecer demitido enquanto não se esclarecer tudo. Se for engano, será reexaminado – disse.
Pressionado pelos repórteres, Tarso respondeu:
– Por mim, ele não volta mais.
O ministro também considera que não cabe ao governo dar explicações sobre o envolvimento de integrantes do PT no caso – além de Freud, a Polícia Federal (PF) prendeu o filiado ao PT Valdebran Padilha e o ex-agente da PF Gedimar Passos, que era funcionário da campanha de Lula.– Estas pessoas não têm nenhuma ligação com o Palácio do Planalto, com o presidente, com qualquer ordem emanada do presidente e com qualquer sugestão direta ou indireta que tenha partido do presidente da República”.
E acrescentou:
– Se ficar comprovada a participação de alguma pessoa do PT nesse episódio a minha posição, como militante, é que a pena deveria ser aplicada em dobro. Não estou isentando e nem culpando o PT, mas como o PT tem dois militantes envolvidos diretamente nesse processo, ele vai e tem que dar explicações. Não é possível que essas explicações sejam sonegadas.
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