| 18/09/2006 16h54min
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio de Mello, informou nesta tarde, no Rio, que o corregedor-geral do TSE, ministro Cesar Asfor Rocha, vai conduzir as investigações sobre o dossiê contra os candidatos do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra. Segundo Mello, as investigações criminais continuarão a cargo da Polícia Federal. O TSE vai investigar se houve abuso de poder econômico ou outro crime eleitoral no episódio.
Mello também admitiu a possibilidade de impugnação da candidatura do presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja comprovada sua ligação no caso do dossiê.
Pouco antes da decisão, o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, haviam entregado a Mello um pedido de investigação sobre as acusações de que o PT teria tentado comprar o conjunto de documentos. O presidente do PFL ainda colocou em dúvida a credibilidade do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos:
– Nós queremos que o TSE, obrigado a zelar pela vigilância do pleito, faça a investigação criminal, já que não confiamos na imparcialidade do ministro da Justiça. Ele já tem mostrado que é o advogado criminalista do presidente da República – afirmou Bornhausen, em evento do Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio.
O presidente do PFL disse ainda que ninguém sabia da relação de Freud Godoy, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o caso até o depoimento do empresário petista Valdebran Padilha da Silva.
– Quem conhece o senhor Freud é o Lula, que é de sua corriola, de sua intimidade.
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