| 16/09/2006 12h40min
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, insinuou neste sábado que a direção nacional do PT foi quem comandou a operação para a tentativa de compras de um dossiê contra a sua campanha e a de José Serra ao governo de São Paulo. Alckmin afirmou que o PT age no submundo do crime, e faz chantagem eleitoral nesta reta final da campanha.
Em Blumenau, onde fez uma caminhada pelo centro da cidade, Alckmin disse que os petistas não aprenderam com a crise.
– Quando se vai ao submundo do crime, se encontra alguém do PT. É preciso mostrar o dinheiro, de onde isso veio, os criminosos, quem é o corruptor e a quem serve isso – disse ele, referindo-se à prisão do petista Valdebran Padilha da Silva, que foi arrecadador da campanha do PT em Cuiabá, em 2004.
Valdebran foi detido com um R$ 1,7 milhão, enquanto negociava a compra de material que incriminaria os tucanos com o empresário Luiz Antônio Vedoin, também preso nesta sexta-feira. Indagado se acreditava que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento dessa operação, Alckmin disse:
– Você acha que alguém fez isso por livre e espontânea vontade, apenas porque deu na cabeça? R$ 1,7 milhão não caem do céu. Isso não é uma obra do acaso.
Sobre fotos em que apareceria ao lado de Vedoin na cerimônia de entrega de ambulâncias, material que estaria sendo negociado entre Valdebran o empresário, Alckmin disse não ter conhecimento.
– Nunca participei de cerimônia de entrega de ambulâncias. Todas foram entregues por pregão eletrônico – disse ele, que, perguntado se desafiaria quem quer que seja a mostrar as fotos, afirmou apenas que "não vai discutir com criminoso".
Alckmin tem neste sábado uma agente intensa no sul do país. Neste momento, ele faz uma caminhada na cidade catarinense de Brusque e depois segue para um almoço em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Mais tarde, o candidato estará em Lages e em Joinville, em Santa Catarina.
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