| 12/09/2006 11h14min
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, disse que há 131 dias vem sendo massacrado por veículos de comunicação do país. Suassuna informou que ele próprio solicitou à Corregedoria do Senado que investigasse as acusações antes do início formal da apuração das denúncias de envolvimento na máfia dos sanguessugas e negou que tenha feito pressão junto ao partido para livrá-lo das investigações.
– Eu não sou uma pessoa desonesta. Como que é diabo eu estou envolvido em um negócio desse – disse o senador, que não está acompanhado de advogados.
O relator do processo, senador Jefferson Péres (PDT-AM), quis saber do parlamentar os motivos que o levaram a contratar Marcelo Cardoso Carvalho para trabalhar em seu gabinete. Marcelo foi acusado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam, de ter recebido propina para intermediar emendas ao Orçamento da União que favoreceriam a compra de ambulâncias a preços superfaturados.
– Soube do assunto da sanguessuga pela rádio CBN em maio de 2006. Pedi à minha chefe de gabinete que demitisse os dois funcionários. Eles estavam de férias e não puderam receber os atos de demissão com data do dia 4 de maio, informou o senador pela Paraíba.
O senador negou conhecer os principais acusados de participação na máfia das ambulâncias, como a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino e os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam.
– Nenhum dos personagens me conhece. Não sabia da existência dessas pessoas, nunca falei pessoalmente ou por telefone com essas pessoas, embora jornais importantes digam que eu falei. Se o senhor verificar, vai ver que nenhum deles me conhece. Nunca falaram comigo, não sei sobre a sua existência – declarou o senador ao relator do processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Jefferson Péres (PDT-AM).
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