| 29/08/2006 22h01min
A campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, deverá mudar radicalmente a partir de setembro. Finalmente o comando da campanha tucana decidiu ceder à pressão dos aliados para que Alckmin parta para o ataque contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva, expondo seus pontos mais fracos: os deslizes éticos e as denúncias de corrupção. A idéia é partir para o tudo ou nada e tentar levar a eleição para o segundo turno.
O resultado das últimas pesquisas de opinião, reforçando o crescimento da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma estagnação de Alckmin na disputa, fez com que a coordenação da campanha tucana entrasse em alerta máximo. O clima de tensão é visível entre os aliados, que já não disfarçam as divergências. Isso foi o que ocorreu nesta terça, ainda que num tom cordial, entre o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), e o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Num bate-papo no cafezinho do Senado, os dois deixaram explícitos seus pontos de vista diferentes em relação à campanha. Presenciado por um grupo de jornalistas, o diálogo entre os dois deixou Tasso, em alguns momentos, visivelmente constrangido, enquanto ACM ria da própria sinceridade. Inconformado com a apatia de Alckmin nos primeiros programas veiculados no horário eleitoral gratuito, o senador baiano apelou para a brincadeira para criticar o publicitário Luiz Gonzalez, responsável pela comunicação da campanha tucana. – Não conheço esse Gonzalez e nem quero conhecer. Tasso, você fez um bom programa para o Cid (Gomes, candidato do PSB ao governo do Ceará e irmão do ex-ministro Ciro Gomes, hoje aliado de Lula), faça um para Alckmin também – disparou. – Olha só Antonio Carlos, eles estão anotando como se fosse verdade. Não publiquem isso! – reagiu Tasso, tentando amenizar. AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.