| 25/08/2006 10h19min
Dez dias depois do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio de Mello, considerou a qualidade dos programas veiculados razoável. Porém, segundo ele, algumas promessas feitas pelos candidatos são extravagantes.
– São veiculadas idéias e promessas. E algumas promessas são extravagantes. Esperamos apenas que o eleitor esteja acompanhando a propaganda eleitoral e que faça um juízo sobre o perfil dos candidatos – disse Marco Aurélio, em entrevista à rádio CBN, na manhã desta sexta. Para o presidente do TSE, a fragilidade da estrutura partidária no país fica evidente na propaganda política. – Não estão dando ênfase aos partidos. No Brasil, se aposta muito mais no candidato do que no partido. A rigor, não temos partidos com plataformas e propagandas bem definidos. O ministro disse que a qualidade da propaganda tem sido razoável e correspondente com a cultura política do país. – O ideal seria temos realmente definições maiores, considerando os partidos políticos, programas específicos. Mas isso não ocorre. Precisamos melhorar. Em relação às candidaturas impugnadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), Marco Aurélio afirmou que os processos serão analisados a partir do princípio da não culpabilidade, que estabelece que ninguém pode ser condenado antes do processo julgado em última instância, e da moralidade. – Evidentemente, a sociedade vem acompanhando e exigindo uma nova postura das instituições. O princípio da moralidade é alicerce da administração pública – avaliou. Durante a entrevista, o candidato derrubou alguns mitos sobre a cláusula de barreira, que determina que os partidos consigam no mínimo 5% dos votos nacionais. – A cláusula de barreira diz respeito ao funcionamento parlamentar. Não implicará na extinção de partidos políticos e muito menos a extinção de mandatos por ventura alcançados. AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.