Um oficial dos grupos de operações especiais da Marinha israelense morreu durante incursão realizada durante a madrugada deste sábado à cidade libanesa de Tiro para neutralizar as lançadeiras de foguetes de longo alcance do grupo xiita Hezbollah.

Além do oficial morto na operação – que segundo o Exército foi um "sucesso" – outros oito membros da unidade ficaram feridos, dois deles em estado grave. Os feridos foram levados para hospitais em Israel, informou a edição eletrônica do jornal Jerusalem Post.

Sete milicianos do Hezbollah morreram na operação, que durou três horas. A ação ocorreu com base em diversas informações dos serviços de inteligência israelenses, e tinha como alvo chefes do Hezbollah, informou a rádio estatal de Israel, sem dar mais detalhes.

O Hezbollah atacou na sexta-feira com foguetes de longo alcance a cidade de Hadera, cerca de 30 quilômetros ao norte de Tel Aviv, em pleno coração de Israel. Hadera foi o ponto mais longe da fronteira atingido desde o começo da atual crise, em 12 de julho.

Um comando da Marinha israelense disse que os comandos navais chegaram "até os responsáveis das lançadeiras de mísseis de longo alcance disparados contra Israel", segundo a edição eletrônica do jornal Yedioth Ahronoth.

Os soldados israelenses entraram em um edifício de uma área populosa ao norte de Tiro onde estão vários milicianos do Hezbollah, incluindo três dirigentes do grupo xiita, segundo o Jerusalem Post. Quando a unidade de operações especiais deixou o edifício, a força foi atacada a tiros e solicitou apoio aéreo para dar cobertura para a fuga.

Um responsável da Inteligência Naval israelense declarou à rádio estatal que se decidiu que os aviões não atacariam o edifício por temer que poderia haver civis dentro dele. O oficial de inteligência disse também que esta operação teve como objetivo demonstrar ao Hezbollah que as Forças Armadas israelenses têm capacidade suficiente para chegar ao coração do Líbano burlando a vigilância dos milicianos xiitas.