| 04/08/2006 15h29min
Além da motivação natural de decidir a Libertadores, o São Paulo prepara um aditivo para a decisão contra o Inter. O Tricolor não vence o time gaúcho a cinco partidas e o técnico Muricy Ramalho repetirá o teor das preleções realizadas antes do duelo semifinal contra o Chivas, quando o discurso era de que um clube grande como o São Paulo não poderia perder três vezes para uma mesma equipe. Na primeira fase, os mexicanos derrotaram os são-paulinos por duas vezes.
– Nós conversamos muito depois das derrotas para o Chivas, tanto que vencemos eles nas semifinais. Temos que aprender com as coisas. A mesma coisa tem que acontecer com o Internacional. Chegou a hora de o São Paulo ganhar deles. Não podemos mais perder para o Internacional – afirmou o treinador.
Curiosamente, dos últimos cinco jogos entre as equipes, em quatro Muricy comandava o Colorado. Pelo Brasileiro de 2005, foram duas vitórias coloradas: 3 a 1 no Morumbi e 3 a 0 no Beira-Rio. Já na Copa Sul-Americana, o Tricolor conseguiu empatar em casa (1 a 1), mas colecionou mais uma derrota em Porto Alegre: 2 a 1.
O treinador, no entanto, lembra que em apenas uma destas partidas o time paulista jogou com força máxima: justamente na derrota mais elástica.
– Pouca coisa mudou nos times, mas não podemos usar estes resultados como parâmetro. Em lembro que no jogo com as equipes completas, o São Paulo estava longe das primeiras colocações e isso pode ter atrapalhado. Nas outras, usou o time reserva porque estava se preparando para a Libertadores e o Mundial – justificou.
Dessa forma, Muricy prefere utilizar o último encontro entre as equipes como possível comparação. No Campeonato Brasileiro deste ano, o Inter venceu por 3 a 1 no Beira-Rio com dois gols de cabeça do zagueiro Índio.
– É verdade que eles têm um jogo aéreo forte, mas os jogadores além de altos sabem jogar embaixo também. Vamos nos preparar para tudo – completou.
Na avaliação de Muricy, as duas equipes são equivalentes e têm muitas qualidades em comum. Por isso, ele prevê um confronto equilibrado decidido em jogadas individuais.
– Assim como no São Paulo, a força do Inter está no conjunto, na repetição de jogos com o mesmo time e na organização. São dois times que sabem jogar e o que vai decidir é um chute, um drible, um detalhe – avaliou.
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