| 30/07/2006 18h45min
Israel suspendeu por 48 horas as operações aéreas no sul do Líbano para que seja investigado o massacre de cerca de 60 civis em um bombardeio da Força Aérea do Estado judeu em Qana, sul libanês. A informação é de fontes diplomáticas norte-americanas, que foram ouvidas pelo diário israelense Ha'aretz.
O ministro da Saúde do Líbano, Mohammed Jalifeh, afirmou que o número de vítimas na cidade de Qana é de 57 mortos e dois feridos. A localidade era usada como refúgio e foi bombardeada no começo da manhã pela aviação israelense. Esse ataque foi considerado o pior desde o começo da ofensiva.
Em uma tentativa de se eximir da culpa pela tragédia, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou que o exército tinha avisado os moradores de Qana para deixar a cidade devido à iminência de bombardeios, posto que o comando israelense alega que o Hezbollah utiliza a localidade como base de operações.
Pouco antes, o porta-voz da Cruz Vermelha libanesa, Georges Katani, tinha dito que os diferentes serviços de resgate tinham recolhido 27 cadáveres. Segundo a Globo News, 37 crianças morreram no incidente.
Jalifeh acrescentou que os 19 dias de ataques israelenses já causaram 750 mortes. Cem das quais dizem respeito a pessoas desaparecidas sem mais chances de serem encontradas com vida.
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