| 30/07/2006 17h39min
Milhares de israelenses se manifestaram hoje em diferentes pontos da Galiléia para protestar contra a política do governo do primeiro-ministro Ehud Olmert no Líbano e a morte de cerca de 60 civis na localidade de Qana. A principal manifestação ocorreu na cidade de Um-El Fahem, na Baixa Galiléia, onde esta noite milhares de pessoas se solidarizaram com as vítimas de Qana e responsabilizaram o governo israelense pelos ataques.
"Israel é um estado terrorista" e "Os povos de Gaza e Líbano não se renderão" eram algumas das inscrições presentes em cartazes na manifestação.
Horas antes, em Nazaré, cerca de 200 pessoas tinham promovido um protesto similar. Também participaram dos protestos ativistas da Frente pela Igualdade Jadash, assim como o prefeito Ramez Jeraisi. À frente da manifestação, um caixão coberto com um manto negro, em sinal de luto pelas vítimas de Qana.
A morte dos 57 civis libaneses provocou uma onda de protestos entre a comunidade árabe de Israel, que representa 20% da população do país. Várias dezenas de manifestantes pacifistas se concentraram também em Tel Aviv em frente à entrada do Ministério da Defesa, ao mesmo tempo em que outro protesto similar era realizado na entrada da Embaixada dos Estados Unidos em Beirute.
Também houve protestos fora do Oriente Médio. Cerca de cinco mil pessoas se manifestaram hoje em Bruxelas, na Bélgica, e centenas fizeram o mesmo em Paris, França, em apoio ao povo libanês. Os manifestantes pediram a pronta intervenção da comunidade internacional para que os confrontos entre Israel e os milicianos xiitas do Hezbollah sejam encerrados, segundo fontes policiais.
Na capital belga, os manifestantes, com bandeiras libanesas e palestinas, percorreram o centro da cidade sem que fossem registrados grandes incidentes, com a exceção de uma bandeira israelense que acabou queimada. As manifestações em Paris ocorreram em frente à torre Eiffel, e seus participantes fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos mais de 50 civis mortos neste domingo em Qana.
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