| 30/07/2006 09h56min
A Cruz Vermelha libanesa teme que haja 55 mortos na cidade de Qana, no sul do Líbano, após o bombardeio da aviação israelense sobre uma área povoada.
Segundo o porta-voz da Cruz Vermelha libanesa Georges Katani, o número não é definitivo. Ele assegurou que 30 dos mortos são crianças.
– Até o momento, nossos voluntários (da Cruz Vermelha) recuperaram 15 cadáveres entre os escombros – disse Katani.
Uma testemunha entrevistada pela emissora de TV libanesa LBC assegurou que há mais de 25 crianças mortas nos vários edifícios derrubados esta manhã.
Por sua parte, o canal de TV Al-Manar, do movimento xiita Hezbollah, assegura que 20 crianças morreram no ataque a Qana.
Para comprovar suas informações, as televisões locais estão mostrando imagens de vários cadáveres de crianças retirados dos escombros por membros da Cruz Vermelha libanesa.
– Filme isto para os europeus e os americanos.
É esta a civilização que nos trazem? – gritava para as câmeras da LBC um
homem que carregava uma menina morta em seus braços.
Este massacre é o mais grave registrado no Líbano desde que começou a guerra não declarada entre Israel e o Hezbollah, no dia 12 de julho.
No edifício onde foi registrado o maior número de vítimas viviam 35 famílias, muitas delas refugiadas de outras áreas da vizinha região de Tiro, segundo a rádio A Voz do Líbano.
Carros de bombeiros chegaram ao local para ajudar nas operações de resgate, acrescentou a emissora, afirmando que os jornalistas que se encontravam no lugar "choraram diante deste novo massacre".
As rádios e televisões libanesas falam de um "novo massacre em Qana", localidade onde Jesus Cristo, segundo a tradição cristã, fez o primeiro milagre, e que alcançou fama em 1996 quando mais de 110 civis perderam a vida em um bombardeio israelense.
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