| 29/07/2006 08h50min
Para não constranger o senador Pedro Simon, o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) delegou ao vice, José Jorge (PFL), a tarefa de pedir apoio ao peemedebista. Em uma reunião a portas fechadas no final da tarde de ontem, José Jorge afirmou:
– Tenho certeza de que eu e Alckmin venceremos a eleição. Mas a vitória não será completa sem o senhor.
Simon brincou na resposta:
– Isso não vale porque tu já disseste isso para muita gente.
Depois de conversar por mais de 30 minutos, o senador disse à imprensa que o PMDB não terá candidato à Presidência no primeiro turno. Mas demonstrou simpatia por Alckmin:
– É uma candidatura digna. Eu tenho muito respeito porque o candidato pertence à ala de Mário Covas, uma das pessoas mais extraordinárias que já conheci.
Ao ser questionário se a declaração significava apoio a Alckmin, Simon se irritou e ameaçou a encerrar a entrevista. Sobre o comício de alas do PMDB em favor do tucano, ironizou:
– Não estarei no comício até porque o Padilha fez por conta dele e só depois veio nos convidar – disse Simon a 20 centímetros de distância de Padilha.
Após o encontro com Simon, Alckmin visitou José Fogaça na prefeitura. Apesar do assédio ao prefeito que teve a presença do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, Fogaça disse que ficará neutro no primeiro turno:
– Vou cumprir o pacto firmado com os 12 partidos que me sustentam. O PDT está na nossa base e tem candidato a presidente, por isso não posso me manifestar.
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