O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, afirmou hoje em mensagem televisada que nunca mais nenhuma organização terrorista poderá disparar foguetes contra Israel. Peretz explicou que o principal alvo do Exército israelense é deslocar o Hezbollah da área que ocupa no sul do Líbano, junto à fronteira com Israel.

– Nosso objetivo é mudar a realidade na fronteira norte – acrescentou Peretz, ressaltando que o objetivo é a criação de uma zona de segurança especial.

O ministro também insistiu na necessidade de recuperar os três soldados capturados por combatentes palestinos e libaneses.

– Faremos o possível para devolver os soldados seqüestrados às suas famílias – assegurou.

Peretz explicou que a decisão das autoridades israelenses de mobilizar unidades de reservistas é "para poder lidar com todo tipo de contingências". O ministro da Defesa se dirigiu a palestinos e a libaneses e disse que "há forças que os estão manipulando para servir a interesses sírios e iranianos".

Além disso, Peretz criticou as autoridades libanesas por não terem desarmado a milícia do Hezbollah, que há duas semanas dispara foguetes contra o norte de Israel, após os bombardeios em território libanês por tropas israelenses. No entanto, o ministro disse que Israel não têm intenção de começar uma guerra com a Síria.

– Estamos no meio de uma guerra – afirmou, mencionando a angústia e pânico das famílias dos soldados mortos na quarta-feira no sul do Líbano.

O ministro também se referiu à "feroz e complicada batalha" desse mesmo dia, pela qual Israel pagou um preço muito alto, segundo ele, referindo-se aos combates em torno da aldeia libanesa de Beit Jbeil, onde oito soldados israelenses morreram.

– Mas as grandes perdas não nos quebrarão. Podemos receber golpes, mas não desistiremos. Podemos sofrer, mas não nos render. Nós embarcamos em uma guerra inevitável, e esta é uma guerra que devemos ganhar – afirmou Peretz, que pediu à população israelense que permaneça unida com o Exército.