A direção do Avaí está estudando a implantação de uma medida administrativa para impedir que faixas com conteúdo ofensivo entrem na Ressacada. Tudo para evitar o que aconteceu no intervalo do jogo contra o Ituano, na noite de terça, quando o zagueiro Rogério Prateat, orientado pelo árbitro Alexandre Barreto, teve que pedir a torcedores que retirassem as populares "Fora Delfim" do parapeito das arquibancadas para que o segundo tempo pudesse iniciar.

O episódio não foi relatado na súmula do árbitro, para sorte do Avaí, que poderia ser responsabilizado pela atitude antidesportiva - prevista no artigo 187 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva - e até receber multa de R$ 50 mil.

As faixas já haviam sido retiradas por seguranças do Avaí no jogo contra o Atlético-MG, no dia 15 de julho. Desta vez, a ordem para a retirada do material teria partido dos representantes da Federação Catarinense de Futebol, diretamente atacada pelo conteúdo das faixas - os torcedores pedem a saída do presidente da entidade, Delfim Peixoto Filho.

Para que a situação não se repita, a direção do Avaí foi aconselhada pelo promotor de Justiça Thiago Carraço de Oliveira, o responsável pelo Tribunal Itinerante que passou a funcionar na Ressacada, a baixar uma normativa impedindo a entrada das faixas. A direção se reúne agora com o Conselho Deliberativo para definir de que maneira a diretriz será implantada. Assim que a proibição for oficial, a Polícia Militar é que ficará encarregada de coibir a entrada - ou a retirada - das faixas de dentro do estádio.

Enquanto a direção se reunia a portas fechadas para definir a melhor alternativa para contornar a situação, o técnico Vagner Benazzi comandou um treino em meio-campo com os jogadores que não participaram da vitória sobre o Ituano. Os titulares foram poupados e farão apenas treinos leves até o final da semana. Pedro Ayub, que teve uma luxação nas costelas ainda no primeiro tempo do jogo de terça, fica em repouso até a semana que vem, quando a preparação será intensificada para o jogo contra a Portuguesa, dia 5 de agosto, no Canindé.

DIÁRIO CATARINENSE