O deputado libanês Saad Hariri, filho do ex-ministro libanês assassinado Rafik Hariri, defendeu hoje em Paris uma solução global para pôr fim ao conflito "de uma vez por todas", e denunciou os ataques inaceitáveis de Israel contra o povo libanês, recusando-se a culpar a milícia xiita Hezbollah.

– É verdade que houve soldados (israelenses) seqüestrados, mas a forma com que Israel está matando libaneses é inaceitável – disse o parlamentar libanês, depois de se reunir com o presidente da França, Jacques Chirac, durante uma hora e meia.

No 10º dia da ofensiva militar sobre o Líbano lançada por Israel depois da captura de dois de seus soldados pelo Hezbollah, Hariri disse que não quer endereçar a responsabilidade a esse grupo nem a nenhum libanês.

–Hoje o Líbano necessita da união do povo libanês, que Israel tenta dividir – afirmou Hariri, acrescentando que os acontecimentos serão discutidos quando a guerra estiver acabada.

Hariri agradeceu à França por seus esforços a favor de um cessar-fogo, mas constatou que "a (repulsa da) comunidade internacional não está surtindo efeito" sobre Israel.

Ao ressaltar a necessidade do corredor humanitário pedido pela França para que a ajuda possa chegar à população e que esta possa fugir dos combates, Hariri disse que meio milhão de libaneses tiveram que se deslocar em menos de cinco dias.

AGÊNCIA EFE