| 21/07/2006 07h23min
Israel intensificou hoje suas operações por terra com milhares de soldados no Líbano para desmantelar a infra-estrutura do Hezbollah, algo que nem a aviação nem a artilharia conseguiram em 10 dias de intensos bombardeios.
Por enquanto, as operações são realizadas em uma faixa de menos de dois quilômetros dentro do território libanês, onde os efetivos, segundo fontes militares, encontram firme resistência de parte dos combatentes da milícia xiita.
Os guerrilheiros libaneses, que dispararam cerca de 50 mísseis contra cidades do norte de Israel nesta quinta-feira, embora sem maiores conseqüências, não voltaram fazê-lo hoje, pelo menos até perto do meio-dia.
Fontes militares informaram que nas últimas 48 horas de operações no território libanês, para destruir abrigos subterrâneos e arsenais do grupo libanês, os combates deixaram oito soldados de unidades de elite mortos e outros dezesseis feridos.
Israel tem planejamentos para
operações de grande escala no Líbano, afirmou nesta
quinta-feira o secretário do Poder Executivo, Yisrael Maimon. Ele acrescentou que não tem intenção implementá-los agora, embora alguns analistas da imprensa local considerem inevitável que isso acabe acontecendo.
Pela experiência da invasão de junho de 1982 do Líbano, fontes militares e políticas, indo de encontro à posição do governo do primeiro-ministro Ehud Olmert, afirmam que se as operações na fronteira acabarem virando uma ofensiva maciça por terra, "terão um alto preço em vidas". Em 1982, morreram 650 soldados.
Segundo o ministro da Defesa, Amir Peretz, as operações em solo libanês, por enquanto limitadas e com a participação das melhores unidades de elite das Forças Armadas, não pararão até que o Hezbollah não possa voltar a erguer suas bandeiras e as do Islã na fronteira do Líbano com Israel.
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