O governo libanês anunciou hoje, após uma reunião de seu Conselho de Ministros, que "o Exército tem o direito de se defender e irá responder, independentemente de suas condições, para enfrentar Israel e responder à agressão" do país vizinho. O ministro da Informação libanês, Ghazi Aridi, disse que ainda não há proposta alguma sobre a mesa para pôr fim aos confrontos, mas comentou que seguem as negociações para um cessar-fogo com Israel.

No último dia 12, milicianos do movimento xiita libanês Hezbollah capturaram dois soldados do Estado judeu na fronteira entre ambos os países e mataram outros oito. O Exército israelense, em represália, lançou uma ampla ofensiva militar contra o território libanês, que causou a morte de mais de 200 pessoas, a maioria civis, e feriu outras 500.

Aridi agradeceu a todos os países que enviaram ajuda humanitária ao Líbano, e especialmente aos Emirados Árabes Unidos, cuja assistência, transportada em um comboio, foi bombardeada pelo Exército israelense, segundo informou o próprio ministro. Enquanto isso, meios de comunicação locais dão conta de que a artilharia israelense segue bombardeando o sul do Líbano.

O ministro da Defesa do Líbano, Elias Murr, qualificou hoje de “massacre não permitido” o bombardeio aéreo realizado por Israel nesta madrugada contra quartéis do Exército libanês e que deixou 11 mortos e 40 feridos.

– Pedem (disse em referência a Israel) que enviemos o Exército para o sul e por outro lado o atacam e massacram. Esta é a tática israelense – declarou Murr.

O ministro também disse que "a batalha não é equilibrada, mas quando acontecer em terra será outra coisa", disse em referência ao fato de o Líbano não ter forças aéreas. Ele disse que o Exército, formado por libaneses de todas as confissões, não tem ligações com o Hezbollah e tem a capacidade de defender o país.

AGÊNCIA EFE