| 17/07/2006 12h18min
A imensa maioria dos palestinos, 96,3%, prefere resolver a crise gerada pelo seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, em 25 de junho, por uma troca de presos palestinos detidos em Israel. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada recentemente pelo Centro Palestino para a Opinião Pública, que indica que 96% dos residentes de Gaza e 96,5% da Cisjordânia apóiam a idéia da libertação do militar israelense em troca de certas exigências.
Entre elas, que Israel liberte todas as mulheres e menores de 18 anos presos neste país, opção que é apoiada por 47,2% dos entrevistados. Além disso, 18,4% apóiam que a troca aconteça com a libertação de mil presos árabes e palestinos, e 17,6% defendem que Israel pare a ofensiva militar lançada nos territórios palestinos.
Outro dado significativo da pesquisa está relacionado com a inquietação das famílias palestinas por sua sobrevivência cotidiana. Assim, 76,8% dos entrevistados disseram sentir preocupação neste sentido. A maioria de 65,1% dos palestinos também considerou favorável, em diferentes graus, a retomada das negociações de paz com Israel. Assim afirmou 74,3% dos entrevistados na Faixa de Gaza, e 59,8% dos cisjordanianos.
Entre os consultados, 74,9% disseram ser contra a idéia de que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas (Abu Mazen) renuncie, segundo hipóteses dos últimos dias, contra os 58,5% que rejeitam que o primeiro-ministro e líder do grupo islâmico Hamas, Ismail Haniyeh, fizesse o mesmo.
A pesquisa do Centro de Opinião Pública, com sede na localidade de Beit Sahur, foi elaborada entre 4 e 7 de julho, e teve uma amostra de 1.050 palestinos maiores de 18 anos da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.
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